Gilson Aguiar comenta o preço das empresas estatais para o Brasil

Comentário

Gilson Aguiar comenta o preço das empresas estatais para o Brasil

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 14/08/2017 - 08:54

Quanto custa as estatais? Este ano elas devem pesar R$ 15 bilhões de reais no bolso da União. Deduzindo os lucros que elas geram, R$ 10,4 bilhões serão pagos pelos contribuintes, uma média de R$ 92,00 por brasileiro. Os dados estão em reportagem da Gazeta do Povo.

Temos que relevar que nem todas as Estatais vivem no vermelho ou não geram qualquer rendimento. Das 151, 16 são mantidas pelo poder público. Porém, mesmo as que têm receita não conseguem manter-se.

A saída é privatizar?

Na maioria dos casos sim. Entregar para a administração privada. Mas esta defesa lógica só teria bases de sustentação se não estivéssemos falando do Brasil, ou dos países da América Latina de forma geral.

A ingerência política nas estatais é um problema para administrá-las ou para mantê-las. Na formação brasileira os beneficiados pelo patrimônio público não tem como preocupação a eficiência da máquina pública, da empresa pública, mas sim o seu próprio. Isto condena qualquer forma de racionalidade de uma estatal e de lhe dar lucratividade.

O que estamos assistindo com a Operação Lava-Jato e a Petrobrás nos da o panorama da função de uma empresa pública. Veja, estamos falando da empresa mais tradicional e emblemática entre as estatais do país. A Petrobrás foi símbolo de progresso e orgulho do empreendimento brasileiro. Mas ela carrega os parasitas.

A função da Estatal é manter políticos no poder, rifar cargos públicos, subsidiar campanhas políticas. As empresas são fundadas para cumprirem uma função social e econômica fundamental, porém, sua existência tem como meta garantir a manutenção de uma casta política no poder. O patrimonialismo, fazer do bem público uma extensão dos interesses privados.

 Se pensarmos em privatizar, infelizmente os que vão estabelecer a venda e os compradores pertenceram à corja dos que promovem a má gestão. Esbarramos sempre nos mesmos.

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