Você já deve estar cansado de saber que o futuro virá e ele cobra seu preço. No Brasil, o envelhecimento da população vai exigir um custo elevado para a sociedade e para o Estado. Um grande número de pessoas dependentes do assistencialismo. O principal motivo, a falta de qualificação.
Sempre falamos do risco que os jovens estão correndo por não se qualificarem. Temos um número significativo da população entre 15 e 25 anos sem uma formação profissional, mais de 70%. A grande maioria não terminou o ensino médio. Esta população corre o risco de ficar desempregada quando tiver em 49 a 59 anos. Hoje, 10% da população nesta faixa de idade está desempregada. E se tudo continuar como está, em 2050, segundo dados do IBGE, eles serão mais de 53% dos brasileiros.
O grande problema dos que estão desempregados, tem mais de 50 anos e ainda não se aposentaram, é a dependência de políticas públicas ou dos outros membros da família. Acabam se tornando improdutivos e mesmo com a experiência profissional, por falta de qualificação, ficam à espera de um serviço braçal, o qual a idade já não os habilita mais.
Com o aumento da população madura, sem qualificação e emprego, o custo para o Estado aumenta e gera um déficit cada vez maior. Se tira dinheiro de um lugar para se colocar em outro. Seja na família ou na administração pública. Uma vida improdutiva custa caro. E não estamos fazendo muito em relação a isso.
Mais uma vez a educação seria a saída mais viável. Qualificar os brasileiros o quanto antes. Investir principalmente em cursos técnicos profissionalizantes e garantir a inserção no mercado de trabalho, sem que a busca por aprimoramento profissional se encerre. Estudar sempre. Esta é uma condição vital para podermos transformar o futuro em esperança e não em pesadelo.