Como escolhemos os nossos candidatos a deputado? Quase sempre na última hora. Um nome “amigo”, uma indicação familiar, aquele que se apresenta na última hora e, até mesmo, um santinho encontrado no acaso. Mas por que é assim? Porque consideramos que não tem importância. Eles, repousam no imaginário de uma grande parte dos eleitores como alegoria. Mas não são.
Os parlamentares são um elemento decisivo no poder. Nada poderá o chefe do executivo fazer se não tiver apoio da Câmara de Deputados, Senado ou da Assembleia Legislativa. O Poder Legislativo dá à viabilidade a governabilidade.
Se pegarmos os dois últimos presidentes como exemplo, teremos uma ideia da importância do Congresso. Dilma e Temer se afundaram por outro pela perda de apoio parlamentar. Mas a lição, de tão pouco tempo, caiu no esquecimento. Não deveria.
Locke considera que o parlamento é o órgão de maior e mais expressiva representação social. O povo está mais próximo dos deputados do que dos demais cargos de representação. Ele, deputados e vereadores tem o contato direto com a população. Podem ser acompanhados com mais intensidade. Tem o dever de fiscalizar o Poder Executivo. A proposição de leis, a aprovação do orçamento, a implantação de investigações, aprovação a nomeação de ministros da Justiça são algumas das funções do parlamento.
Talvez, o nosso debate acalorado agora, seja apenas uma expressão limitada de uma escolha sem efeito, diante do descaso que temos com a eleição parlamentar. Se queremos rever nossos passos rumo ao futuro, deveríamos olhar para o lugar certo e ter mais atenção na escolha de deputados e senadores.