A desistência nos cursos universitários é preocupante no Brasil. Um levantamento feito pela reportagem da CBN Maringá, na UEM, 11% dos alunos desistem do curso. O levantamento é questionado pela Universidade Estadual de Maringá. Para a instituição alguns fatores não foram considerados, como por exemplo, a troca de curso e de instituição pelos alunos.
Um levantamento de 2009, Estudo Sobre Evasão do Ensino Superior Brasileiro, o custo médio de um estudante universitário é de 10 mil reais. Com um índice de desistência de 21% dos alunos, no país, o gasto anual com a desistência ultrapassa os R$ 9 milhões.
Um levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Anísio Teixeira (Inep), em 2010, 34% dos alunos universitários tiveram algum problema em sua trajetória universitária. Dos 23% que abandonaram o curso universitário, segundo a pesquisa, 84,4% foram de instituições privadas. A manutenção financeira pesa, neste caso.
Outro dado interessante da pesquisa do Inep é que 56,6% dos universitários se formam em um curso diferente daquele que ingressaram no ensino superior e 10% não se formam no tempo adequado. O maior índice de desistência dos cursos é registrado no segundo ano.
Os fatores da desistência são inúmeros. A não identificação com o curso universitário, o custo de manutenção, a dificuldade de conciliar trabalho e estudos, oportunidade de trabalho que retira o aluno do curso superior.
Há que se considerar que a programação de fazer uma universidade repousa mais na idealização do que não real condição ou identificação com a profissão que se escolhe. Quer se fazer a graduação, mas, muitas vezes, ela não tem um papel claro na vida das pessoas. Parte dos formandos acaba apenas tendo o diploma e não o transformando em algo prático, exercendo a profissão.
Neste sentido, o ensino profissionalizante pode ser uma resposta mais adequada. As formações e qualificações profissionais que não tem o status de formação superior pode ser uma saída. Os chamados ensinos técnicos acabam por dar aos alunos uma resposta mais prática a sua vida profissional.
Deveríamos levar a graduação a sério e não como uma alegoria que não se traduz, em parte considerável dos que se formam, em algo que faça realmente a diferença.