As mulheres são a maioria dos eleitores e da população, mas não tem o comando nos cargos de representação e gestão das empresas. São elas que estão se qualificando mais, na maioria das famílias brasileiras elas são provedoras, ajudam ou mantém a casa com seu rendimento. Mas entre isso e o respeito, as coisas estão bem longe de ser ideais. A tal da igualdade plena.
Uma pesquisa da Bayer mostra que 43% das mulheres que atuam no agronegócio já sofreram discriminação. Foi colocada a prova, em muitos casos, a sua capacidade de gerenciamento. Mesmo nos demais setores da economia elas são apenas 37% dos cargos de chefia. Quando a questão é as grandes empresas, são apenas 10%.
Mesmo as mulheres tendo uma participação maior na formação superior, elas são a maioria dos universitários, ainda não se traduz este percentual no mercado de trabalho. Elas recebem 75,2% dos salários médios dos homens.
Para o bem da economia esta condição tem que mudar. A emancipação da mulher e fundamental para o aumento do potencial de renda das famílias, para seu planejamento e qualificação. Dentro do ambiente doméstico elas tendem a ter o maior poder de decisão sobre consumo. Elas, em muitas famílias, são o fator decisivo entre o controle dos gastos familiares ou não.
Na vida privada temos que romper a desigualdade de tratamento. Aprender que o potencial que os filhos têm independe do gênero. Uma defesa como esta é desafiadora em uma sociedade fundada no patriarcalismo. Mas precisa começar dentro de nossas casas, com aqueles com quem convivemos diariamente, parceiros, parceiras e filhos.
Com a melhora no tratamento, a convivência social tende a melhorar. Quanto mais as mulheres se emancipam, elas acabam por influenciar na formação dos filhos, propagar a liberdade e a igualdade, qualificar e emancipar. A divisão de iguais das despesas familiares vira uma prática no convívio dos casais, mantendo a estabilidade na relação e a liberdade de escolha, com menos violência.