A política é ato constante. Praticamos a política todo o “santo dia”. Estamos sempre à busca de atingir metas, atender interesses, buscar benefícios. Para isso articulamos em nossas relações. Prometemos a uns, apoiamos outros, deixamos de falar a verdade e fazer a crítica para não magoar, não ferir, não prejudicar nossos beneficiados. Isso é política.

Os homens públicos também têm seus interesses, por isso fazem política. Buscam alianças, articulações, manobras, para atingir seus objetivos. Porém, qual é o interesse do homem público? Este é o dilema, podemos dizer que é algo nebuloso.

No compasso da proximidade das eleições do ano que vem o principal interesse dos homens públicos é manter-se. Ter condições de continuar fazendo da vida pública o seu principal sustento. Não podemos esquecer que a política é uma profissão. A busca de fazer parte da casta dos privilegiados é um desejo que excita e “engorda” muitos.

Os atos públicos alimentam muitas vidas. Tanto a dos miseráveis que repousam na base da pirâmide econômica, como dos opulentos representantes públicos. Temos a sociedade onde se socializa as migalhas. A luta para manter a ignorância é uma constante.

Constitui-se um reduto de eleitores fiéis através da manutenção do clientelismo. Não se liberta o ser humano para que possa decidir sobre seu destino. O esforço de muitos homens públicos é manter a dependência de uma grande parte da sociedade. Uma massa que vive dos favores que o poder público oferece. Enfim, se troca o destino por migalhas.

A melhor reforma política é melhorar o eleitor. Quando vamos entender que a política é uma prática positiva, importante, democrática? Mas para isso, o cidadão deve ter ciência de seu papel e seus direitos. Não considerar aquilo que lhe é uma garantia como uma dádiva, um ajutório.  Homens eleitos devem satisfação e não ser satisfeitos. 

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