O Brasil tem uma dependência das rodovias para movimentar sua economia. Hoje, dois terços do que é transportado pelo país é através de caminhões, 18%, apenas, por trem. Vale lembrar que apenas 13% das estradas são pavimentadas. 20% delas com pista dupla. E, entre as pavimentadas, mais de 60 em estado precário de manutenção.
Estradas não pavimentadas encarecem em 50% o custo do transporte. Perca de parte da carga, desgaste do veículo, risco de acidentes e demora no trajeto. Os dados são do Departamento Nacional de Transporte Terrestre (Dnit) e da Associação Nacional do Transporte de Carga (NTC&Logística).
Mas é possível comparar a condição das estradas brasileiras com outros países. Alguns da mesma dimensão e, mesmo, com uma malha rodoviária maior que a brasileira. A China tem 81% de suas estradas são pavimentadas. Lembrando que os chineses têm 1,8 milhão quilômetro de estradas. Na Índia, 47,4% das estradas são pavimentadas. Os Estados Unidos, com 6,4 milhões de quilômetros de rodovias, têm 64,5% delas asfaltadas.
Um desprezo imenso há uma infraestrutura vital. Uma dependência perigosa de único modal para quem tem uma produção agrícola que se desenvolver nas diversas regiões. Um risco a população que necessita se deslocar de regiões distantes para centros onde necessita de serviços.
O número de acidentes que envolvem caminhões e veículos leves é constante. São os que acabam gerando mortes. Colocar a população em um ambiente que aliado ao abuso promove perdas, algumas de custo elevado. O país está descalço em estradas de terra. Sofre com a falta de investimento. E não parece que a condição vai mudar tão cedo no país.