Redes de supermercados estão conseguindo liminares para poder abrir aos domingos. Isto contrária a lei municipal aprovada e que entrou em vigor no último final de semana. Porém, sem que tivesse efeito. Uma reportagem de Victor Simião mostra que, mesmo os mercados que não tinham conseguido autorização para a abertura, estão conseguindo.
A prefeitura fiscalizou e não mudou os estabelecimentos abertos sem autorização. Apenas pediu a apresentação a decisão liminar. A maioria conseguiu. O poder municipal afirma que vai respeitar a decisão do Poder Judiciário. Estamos diante de uma batalha que será decidida nos tribunais e já tem um lado vencedor. As redes de supermercados vão ser autorizadas a abrirem aos domingos.
O que fazer?
A concorrência não é ruim. Ela nos permite melhorar. Já falei inúmeras vezes aqui. Temos que aprender a enfrentar a perda da zona do conforto com eficiência, criatividade e racionalidade. A viabilidade de um pequeno empreendimento está na inteligência de entrar em um nicho de mercado com inovação.
Pequenos empreendimentos nos bairros podem tem ações cooperativas, trabalharem em conjunto. Aprenderem a se organizar para dar ao consumidor um diferencial de atendimento. Inúmeras pesquisas, feitas pelo Sebrae inclusive, mostram que a escolha de um produto pelo preço é um fator secundário. Pessoas querem atendimento, valorização na hora da compra ou da prestação de serviço. Comodidade também é outro fator diferencial.
Pesquisas podem ser feitas nos bairros para conhecer quem é o morador. Quem é público para quem o pequeno comércio pode se tornar uma opção, para quem ele já é. Saber se comunicar como a população mais próxima ao estabelecimento. Entender o que ela necessita. Tudo isso ajuda.
Agora, é a hora do poder público municipal, instituições como o Sebrae, serem acionadas e começarem iniciativas neste sentido. Agir em benefício de um empresário que queira empreender, inovar, renovar e fazer da concorrência uma oportunidade.
Os que sobreviverem ao mercado e se renovarem terão mostrado o potencial que há a ser explorado em benefício da população e da sobrevivência de empreendimentos que mudam o ambiente urbano. Tem os que vão fechar as portas. O que não é de todo ruim, afinal, é preciso eliminar quem apenas sobrevivem daqueles que sabem viver de seu empreendimento.