Precisamos de uma reforma urgente da previdência. Ela não pode ser um instrumento de disputa entre o Congresso e a presidência da república. Precisamos ter uma unidade em torno de uma necessidade e não uma negociata política. É fundamental fazer algo para que o país tenha fôlego para se recuperar. Vamos fechar, este ano, os piores dez anos da história econômica do país.
Já vivemos uma série de escândalos políticos e prisões de homens públicos. Uma demonstração de um ambiente pouco confiável, com representantes públicos, em grande parte, inconfiável. Construímos uma imagem negativa ao longo da história do poder e de sua relação com a sociedade. É preciso mudar.
A medição de força entre os poderes pode custar um preço caro ao país. Quando falamos de governabilidade, ela só é possível se compreendermos a política em sua essência e intensidade. Mesmo com renovação significativa do Congresso não representou uma mudança de postura em relação à forma de estabelecer o poder.
Temos, como cidadãos, que aprender a fazer política. Cobrar, fiscalizar, defender interesses que atendam a população. Nosso desconhecimento do jogo do poder, nos deixa sequestrados pelos representantes públicos. A ignorância da lógica constitucional ou dos hábitos.
Não podemos esquecer que ao longo do tempo, muitos passaram a viver dos benefícios do Estado. Um poder imenso, uma máquina que consome recursos e tem muitos parasitas. Outra questão é que os que dependem das benesses do poder público não vão abrir mão com facilidade dos benefícios que tem.
A batalha é longa, nós temos que participar dela e entender que não irá se resolver com facilidade. Porém, temos que nos comprometer com a mudança.