Retorna agora, em forma de ação, a revitalização da Avenida Brasil em Maringá. A via comercial de rua mais importante e tradicional da cidade. Não é a primeira vez que se tem o interesse de dar um novo ambiente ao velho centro. Mas ele sempre esbarra no que ele tem de mais velho, a mentalidade da prática comercial.
O projeto que se quer implantar, agora, é liderado pelo Ipplam (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá). Que agora tem a frente Edson Cardoso de Oliveira, substituindo Celso Saito. O órgão foi responsável pelo concurso para elaboração do projeto do Eixo Monumental.
O empresário não quer perder o que tem. Ele vê o hoje e teme o amanhã. Não consegue ter segurança se seu cliente sobreviverá as mudanças efetuadas no centro da cidade. Um exemplo do trauma deste ambiente é o número de vagas para estacionar veículos. A questão do modal urbano. Quem lembra a “polêmica” do fim das escamas de peixe sabe da resistência.
Também, durante a segunda gestão de Silvio Barros II, se pretendia a revitalização. Um projeto já havia sido aprovado, pronto para ser executado. Mas, acabou sendo abandonado. Diante da reclamação de parte dos comerciantes, ele foi abortado. A ciclovia que corta a Avenida Brasil nasceu deste embate como uma sobre da mudança que seria extensa e intensa. Pouco, para uma via que precisa de muito.
Não podemos esquecer que estamos diante de edificações antigas, algumas tem mais de 50 anos. O movimento de pessoas é intenso. A Avenida Brasil tem uma relação direta de mobilidade com vias paralelas, como a Rua Joubert de Carvalho, Santos Dumont e Neo Alves Martins. O em torno irá recebe impactos. Constará do projeto mudanças nestas vias?
Outra questão vital é sobre a mobilidade urbana. Tema que precede a própria revitalização. Qual será a política de deslocamento para a cidade. O terminal intermodal está em execução. Ficará pronto e terá que ter uma logística para lhe dar funcionalidade. Qual será? Isto também deve estar integrado a um plano de revitalização.
O desafio está lançado. O futuro que chegou contra o passado que trava a eficiência e a própria sobrevivência dos empreendimentos. Muitos dos comércios na principal avenida da cidade podem ver chegar seu fim se o ambiente onde estão instalados não mudar. Mesmo que muitos dos empresários não veem assim, mas precisam.
Ao final, há que se comemorar o projeto de revitalização da Avenida Brasil. Apostar em sua lógica e necessidade. Principalmente, defender suas instalações.