Quanto nos custa a democracia? Ela é fundada em uma condição, a liberdade. Condição imprescindível e que deve ser preservada. Uma das características desta condição, a liberdade de informação e de expressão.
No Brasil esta condição nos custa caro, uma luta intensa. Marcada por idas e vindas. Em Maringá, de amarga lembrança. Tempos que os representantes públicos, no exercício de suas funções, confundiam sua representatividade e poder com seus interesses pessoais. No Brasil, está prática tem nome, “patrimonialismo”, confundir ou usar do bem público para o interesse privado. Será que isto não passou?
Uma reportagem de Luciana Peña fala das medidas do poder legislativo contra o Grupo Maringá de Comunicação, na Semana da Pátria. As emissoras do GMC não foram incluídas na contratação para divulgação dos eventos por ter “descumprido” uma decisão judicial. O que na própria reportagem fica claro, é uma mentira.
Segundo os “critérios” do legislativo, não é cívico descumprir a decisão judicial. Porém, a empresar recorreu. Não consigo entender qual é o sentido de ato cívico expresso pela postura do legislativo municipal. O direito de recorrer é tão cívico como a sentença.
Por isso, volto a repetir, quando se quer retaliar se usa de todas as maneiras para isso. Ao longo da história do autoritarismo no país, combater a liberdade de informação sempre foi uma constante. A liberdade de expressão é uma condição fundamental para o cidadão ter consciência e agir.
Infelizmente, o patrimonialismo é uma prática que persiste. A velha lógica de usar do bem público para garantir interesses privados.