Produtividade baixa do trabalhador Brasileiro é um empecilho para o futuro. Hoje, um trabalhador brasileiro tem 25% da produtividade do trabalhador norte-americano. Esta condição tende a se agravar no futuro. Em um país que está ficando velho, ter jovens improdutivos é um risco.
Segundo levantamento da Conference Board, que ranqueia países por produtividade da força de trabalho, o Brasil ficou na posição 52 entre 68 países. Ruim e caindo. Do PIB brasileiro que avançou nos tempos das “vacas gordas”, apenas um terço dele é consequência da produtividade do trabalhador. Estes dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Se formos pensar o desemprego, os jovens, 30% deles estão desempregados. O motivo é simples, desqualificação. Falta de potencial produtivo para que eles sejam a última opção da demissão não existe. Em tempos de crise, os menos qualificados são os primeiros a serem desligados das empresas. Uma mão de obra fácil de ser reposta.
Quando vivemos os bons tempos da economia pouco se investiu na qualificação. A riqueza do país aumentou mais pela facilidade ao credito do que pela capacidade de ganho. A alta rotatividade do trabalhador é a demonstração de sua pouco capacidade produtiva. Lembrando que os brasileiros trabalham quantitativamente muito mas produzem pouco.
Temos que mudar esta realidade, e rápido. Hoje, 79% dos brasileiros tem entre 15 e 69 anos. Uma população que está envelhecendo e que, por enquanto, ainda é produtiva. São eles que terão que sustentar o ganho da previdência e estabelecer possibilidade de consumo. Lembrando que entre os de melhor renda a taxa de natalidade é baixa. Os mais pobres têm mais filhos.
Temos que qualificar para que a maioria dos jovens não venham a ter rendimento mais baixos que seus pais. A educação não pode ter pouco significado na vida financeira das pessoas. E, mesmo em um país com baixo desempenho educacional, ela faz diferença, mas pouco. Há um índice elevado de abandono dos estudos. A taxa de resiliência dos estudantes brasileiros é de 2%. Muito abaixo até dos demais países latino americanos, 25%.
Se nada for feito, continuaremos trabalhando muito e produzindo pouco. Teremos uma renda mais baixa, em média. A distribuição de renda será sempre uma utopia se não há incentivo na formação e qualificação dos brasileiros. Os custos dos serviços básicos oferecidos pelo Estado continuarão crescendo e, com poucos recursos, e o poder público estará cada vez mais perto da falência.