O Hotel Bandeirantes de Maringá começou a ser construído em 1951 e a obra foi concluída quatro anos depois. A partir daí se tornou referência na cidade e no estado hospedando autoridades, artistas famosos, viajantes de um tempo que ficou guardado na memória e que sobrevive na arquitetura, nos jardins, em cada traço do prédio tombado como patrimônio histórico do Paraná.
Até hoje quem passa pelo local admira a construção. Para o Osvaldo de Oliveira é como viajar no tempo. Na mocidade, ele namorou uma funcionária do hotel.
O desejo de ver o Hotel Bandeirantes transformado num museu está mais perto de se tornar realidade. O governo do Estado declarou o prédio utilidade pública facilitando o caminho para a desapropriação. O Hotel tem seis mil metros quadrados, 66 suítes e 30 vagas de estacionamento. A prefeitura também já declarou o prédio utilidade pública. Isso evita que o prédio seja vendido e descaracterizado. Mas o processo de desapropriação não foi iniciado pelo município.
O valor calculado pela prefeitura e validado pela Procuradoria Geral do Estado é de R$ 23,5 mi. O recurso está previsto no orçamento da Secretaria Estadual de Cultura. Bem menor do que o valor de mercado do terreno, que está em área nobre da cidade. Mas o valor do patrimônio histórico e arquitetônico é incalculável, diz o historiador João Laércio Lopes Leal.
E uma curiosidade: os móveis do Hotel Bandeirantes foram vendidos pelos proprietários pouco antes do tombamento do prédio. Os móveis também tinham importante valor histórico.