A proposta oficial do Governo é 5,08% de forma parcelada. 2%, com pagamento em janeiro de 2020, e as outras duas 1,5%, com pagamentos em janeiro de 2021 e janeiro de 2022, se houver disponibilidade financeira no caixa do Estado. Os servidores da UEM tinham rejeitado a proposta em julho. Agora, na tarde desta terça-feira (13), aprovaram. As aulas devem retornar na segunda-feira. Os sindicatos aprovaram a chamada assembleia permanente – ou seja, a qualquer momento novas deliberações podem ser convocadas.
Na UEM, a greve dos servidores começou em 26 de junho. O principal motivo era a falta de reajuste salarial. Os servidores, de início, pediam a reposição dos últimos 12 meses: 4,94%. Eles estão sem reajuste desde 2015.
A queda de braço envolvendo Governo e Universidades durou mais de um mês. Nas ações mais recentes para finalizar a greve houve a liberação para que as universidades contratassem professores temporários. 104 no caso da UEM. O Governo informou que a liberação estava condicionada à entrada das universidades no Meta4, um sistema de gerenciamento estadual. Das sete instituições de ensino superior públicas, apenas duas estão nele: Uenp e Unespar.
Na visão da UEM e UEL, que vinham usando acórdão para não enviar os dados solicitados pelos governos anteriores, o Meta4 fere a autonomia universitária. É que o sistema terá todo o controle de gastos e afins; o que impediria decisões das próprias universidades. Até o momento a Estadual de Maringá informou não ter sido notificada oficialmente.
O presidente do Sinteemar, Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação, José Maria Marques, disse que não é a melhor proposta, mas é algo melhor que dado de início.
Há alguns dias, o calendário de aulas tinha voltado. Agora, o Conselho de Ensino e Pesquisa deve ser convocado novamente para reformular o calendário.