Haitianos que vivem em Maringá comemoram a independência do Haiti
Luciana Peña/CBN Maringá

1º de Janeiro

Haitianos que vivem em Maringá comemoram a independência do Haiti

Cultura por Luciana Peña em 01/01/2022 - 13:20

1º de janeiro é uma data muito importante para o povo haitiano. Em 1804, os haitianos formaram a primeira República negra no mundo. A confraternização em Maringá é uma oportunidade de manter viva a tradição do país. O grupo que se reuniu neste sábado (1ª) quer fundar um centro cultural na cidade para transmitir a brasileiros a cultura haitiana.

 

O salão comunitário no Jardim Alvorada foi todo decorado nas cores vermelha e azul. São as cores da bandeira do Haiti. Símbolos da luta pela liberdade de homens e mulheres escravizados.

O Haiti se tornou independente da França em 1º de janeiro de 1804. A primeira República negra no mundo.

E essa data é comemorada pelos migrantes haitianos nos diferentes países em que vivem.

Em Maringá, além da decoração, teve música, espetáculo cultural e comida típica. 

No cardápio, uma sopa chamada “Joumou”, feita à base de abóbora. E que também tem um significado especial, porque, no passado, era uma refeição servida apenas para os donos de escravos.

Foi a primeira vez que o grupo se reuniu para comemorar a data em Maringá, diz um dos organizadores do evento, Pierre Bruny. [ouça o áudio acima]

A confraternização é a chance da brasileira Suzana Cruz, que há três meses namora um haitiano, conhecer um pouco mais das tradições culturais do Haiti. [ouça o áudio acima]

Para Angeline Gaspard, que está há dois anos no Brasil, ouvir as músicas, comer o Joumou, ajudam a diminuir a saudade que ela sente do Haiti. Mas Angeline está feliz aqui em Maringá, onde está tendo oportunidade de estudar. [ouça o áudio acima]

O empresário Killy Pierre é também um dos organizadores do evento em comemoração à independência do Haiti. Um dos projetos do grupo é criar o Centro de Convivência Cultural do Haiti, em Maringá. [ouça o áudio acima]

O centro cultural seria uma forma de transmitir a cultura haitiana aos brasileiros. Por enquanto, os maringaenses ainda não se mostraram receptivos a um projeto deste tipo, diz Pierre Bruny. [ouça o áudio acima]

 

Foto: Pierre Bruny
Foto: Pierre Bruny

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