O Hospital Paraná divulgou um comunicado informando que interrompeu os atendimentos aos pacientes conveniados ao SAMA, o Sistema de Atenção à Saúde dos Servidores da Prefeitura de Maringá, nesta quarta-feira (28).
A justificativa do hospital é que a empresa que presta o serviço de atendimento aos servidores municipais, a Sudamed, não teria efetuado pagamento dos serviços. Na nota, a recomendação do hospital é que os pacientes usuários da Sudamed procurem outro hospital, a não ser que decidam pelo serviço particular.
Diante dessa situação, a Prefeitura de Maringá emitiu um comunicado informando que notificou a empresa para prestar esclarecimentos com relação à situação financeira. Afirmou ainda que “caso a situação não se normalize, o contrato com a prestadora de serviços poderá ser rescindido até segunda-feira (3)”.
E nesse caso, o município faria a contratação emergencial de uma outra empresa para atender o SAMA, enquanto abre nova licitação. A prefeitura afirmou ainda que não tem débitos com a Sudamed.
O Sismmar, sindicato que representa os servidores públicos municipais de Maringá, informou que está reunido com a empresa e representantes do Legislativo para levantar informações sobre o que está acontecendo, desde a questão financeira até a contratual da empresa.
A reportagem tentou contato com a Sudamed, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem. A empresa assumiu a prestação de serviços para o Sama em janeiro deste ano, depois de vencer a licitação.
Maringá tem cerca de 36 mil servidores municipais ativos, aposentados, pensionistas e familiares que se enquadram como dependentes, que são usuários do benefício.
Atualizado em 29.04 às 7h40 - Na noite dessa quarta-feira (28), a Sudamed enviou uma nota de esclarecimento à redação da CBN Maringá.
Na nota a empresa diz que acumulou prejuízos nos últimos 60 dias em decorrência do agravamento da pandemia. Houve aumento do número de atendimentos e do tempo de permanência em leitos de enfermaria e UTI.
A Sudamed diz que no dia 5 de abril apresentou um recurso administrativo pedindo à administração municipal “reposição de valores do Covid-19” para suprir custos.
Mas a Prefeitura de Maringá negou o pedido. A empresa diz que continua disposta a buscar uma solução.