Informalização do trabalho prejudica a sustentabilidade do transporte coletivo

A audiência pública realizada na noite dessa terça-feira (27) em Maringá é uma das etapas do Plano de Mobilidade Urbana, que deve ser concluído em setembro.

A empresa Cidade Viva, contratada pela prefeitura, apresentou um diagnóstico do trânsito na cidade, avaliando formas de deslocamento, origem e destino, e trafegabilidade das vias urbanas.

Os técnicos também apresentaram um prognóstico para os próximos dez anos.

Neste período, a estimativa é que a população de Maringá ganhe 68 mil e 700 habitantes. Com isso algumas regiões da cidade ficarão mais adensadas, impactando o sistema de transporte.

O trabalho resultou em algumas conclusões, que vão merecer o debate do Poder Público e sociedade daqui para frente.

Uma das conclusões é que a informalização do trabalho está provocando uma evasão do transporte público. De 2012 a 2018, o Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK), caiu 13%.

Entre a população de baixa renda, a tendência é a mobilidade a pé, com bicicleta ou motocicleta.

Para atrair a classe média para o transporte coletivo será necessário oferecer um modal diferente do ônibus, disse o diretor da empresa Cidade Viva, que executa o PlanMob, Ricardo Mendanha. [ouça o áudio acima]

Outra conclusão é que a tendência do maringaense será continuar preferindo o transporte individual. As vias públicas largas têm condições de absorver a demanda nos próximos dez anos, mas o Poder Público deve pensar em estimular opções como carros elétricos e menores, ou então dificultar, com taxas ou regras, o transporte individual. [ouça o áudio acima]

A audiência completa está disponível no Youtube. Basta procurar por 2ª audiência pública do plano de mobilidade urbana do município de Maringá.

Quer enviar sugestão, comentário, foto ou vídeo para a CBN Maringá? Faça contato pelo WhatsApp (44) 99877 9550