Uma inspeção realizada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), na sede da Prefeitura de Jandaia do Sul, através da 1ª Promotoria de Justiça da comarca, resultou, segundo o MP, na exoneração de 30 servidores que foram contratados irregularmente. A ação apurou possíveis fraudes na contratação, sem a realização de concurso, para o programa Frente de Trabalho e Proteção Social.
O Promotor de Justiça, Marco Felipe Torres Castello, explica que o programa, criado por lei municipal, seria voltado a empregar pessoas em vulnerabilidade social em funções específicas. [ouça o áudio acima]
A Promotoria de Justiça entende também que o programa apresenta indícios de enriquecimento econômico indevido de agentes públicos e de parentes e pessoas que não se enquadram nos requisitos do programa.
Além disso, o MPPR emitiu recomendação administrativa para que o Município promova o levantamento de todos os servidores contratados temporariamente pelo programa, informando de forma detalhada a função, abstenha-se de promover novas adesões pelo programa, tendo em vista a inconstitucionalidade da Lei Municipal e promover o desligamento imediato de todos os contratados que não estejam desempenhando funções que se enquadrem nas hipóteses previstas na própria lei que instituiu o programa. Embora o MPPR afirme serem 30 as pessoas exoneradas, a Prefeitura de Jandaia do Sul informou em nota que 20 servidores foram desligados.
A assessoria jurídica da Prefeitura de jandaia do Sul emitiu nota em que afirma que “a Lei da Frente de Trabalho Social foi criada na Gestão anterior e que, devido a pandemia, o pós-pandemia e o estrago causado pela chuva de pedra, a gestão atual entendeu pela necessidade de prorrogação desta Lei para atender as necessidades do Município.
Após uma recomendação do Ministério Público, a Administração Municipal realizou o desligamento de 20 trabalhadores que estavam suprindo a necessidade dos serviços públicos em alguns setores administrativos.”
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