O juiz, procuradores e advogados chegaram à sede da Justiça do Trabalho por volta das 8h desta sexta-feira (7). O início do julgamento estava marcado para 8h30.
É o terceiro dia do julgamento do Caso Sevilha, auditor-fiscal da Receita Federal assassinado em Maringá, no dia 29 de setembro de 2005.
Três réus são julgados pelo júri composto por 5 homens e 2 mulheres. Nos dois primeiros dias de julgamento, foi definido o Conselho de Sentença e feitos os debates preliminares.
Na manhã desta sexta-feira (7), o juiz da 3ª Vara Federal de Maringá, presidente do julgamento, Cristiano Manfrim, leu a decisão sobre conteúdos sigilosos e o julgamento prossegue com o depoimento das testemunhas. O primeiro a ser ouvido será o delegado de Polícia Federal Ronaldo Carrer, que concluiu o inquérito do crime. Depoimento que pode se estender por horas e até dias.
Quatro procuradores do Ministério Público Federal e dois advogados assistentes integram a acusação do julgamento. Serão ouvidas sete testemunhas de acusação, diz o procurador Fabrício Carrer. Apesar do mesmo sobrenome, o delegado e o procurador não têm parentesco. [ouça o áudio acima]
Segundo o procurador, não há como prever como serão os próximos dias de julgamento, que só são interrompidos para repouso noturno, mesmo aos fins de semana e feriados. [ouça o áudio acima]
Estão no banco dos réus, Marcos Gottlieb, acusado de ser o mandante do crime; Fernando Ranea da Costa, acusado de ter executado Sevilha; e o advogado Moacyr Macêdo, que teria intermediado o contato entre os dois.
O advogado de defesa de Marcos Gottlieb, Zanone Júnior, tem uma banca de 9 advogados para o julgamento. Segundo ele, não existe a certeza de que o empresário tenha participado do crime. [ouça o áudio acima]
O advogado Fabiano Lopes, que defende Fernando Ranea da Costa, diz que a tese é a negativa de autoria. [ouça o áudio acima]
Já o advogado de Moacyr Macêdo, Conrado de Almeida Prado, afirma que não há provas do envolvimento do cliente no crime. [ouça o áudio acima]
O primeiro intervalo do julgamento nesta sexta-feira (7) foi por volta das 10h30 para o início dos depoimentos. Esta é a terceira vez que o julgamento do Caso Sevilha é realizado, nas últimas duas vezes o júri foi dissolvido. Em 2019, a defesa de dois dos três réus abandonou o tribunal; e em 2020, um dos jurados apresentou problemas de saúde e o julgamento foi dissolvido no sexto dia. Cada vez que um júri é desfeito, é necessário recomeçá-lo do início. Portanto, todas as testemunhas que já prestaram depoimento, serão ouvidas novamente.
Há 17 anos, familiares e a categoria dos auditores-fiscais aguardam uma resposta ao crime que chocou Maringá e o país. [ouça o áudio acima]
Diretores do Sindifisco Nacional estão acompanhando o julgamento em Maringá. O diretor de aposentadoria do sindicato, Roberto Kasai, espera que haja Justiça por esse crime emblemático. [ouça o áudio acima]
José Antônio Sevilha era chefe da seção de controle aduaneiro e havia descoberto um esquema de subfaturamento e fraude em uma importadora de brinquedos.
(Texto atualizado às 13h43 para acréscimo de informação)