Sete testemunhas de acusação são ouvidas no Caso Sevilha
Foto: Letícia Tristão/CBN Maringá

Julgamento

Sete testemunhas de acusação são ouvidas no Caso Sevilha

Segurança por Letícia Tristão em 07/10/2022 - 11:20

O julgamento entrou no terceiro dia. Três réus são julgados pelo crime que chocou o país em 2005. 

O juiz, procuradores e advogados chegaram à sede da Justiça do Trabalho por volta das 8h desta sexta-feira (7). O início do julgamento estava marcado para 8h30.

É o terceiro dia do julgamento do Caso Sevilha, auditor-fiscal da Receita Federal assassinado em Maringá, no dia 29 de setembro de 2005.

Três réus são julgados pelo júri composto por 5 homens e 2 mulheres. Nos dois primeiros dias de julgamento, foi definido o Conselho de Sentença e feitos os debates preliminares.

Na manhã desta sexta-feira (7), o juiz da 3ª Vara Federal de Maringá, presidente do julgamento, Cristiano Manfrim, leu a decisão sobre conteúdos sigilosos e o julgamento prossegue com o depoimento das testemunhas. O primeiro a ser ouvido será o delegado de Polícia Federal Ronaldo Carrer, que concluiu o inquérito do crime. Depoimento que pode se estender por horas e até dias.

Quatro procuradores do Ministério Público Federal e dois advogados assistentes integram a acusação do julgamento. Serão ouvidas sete testemunhas de acusação, diz o procurador Fabrício Carrer. Apesar do mesmo sobrenome, o delegado e o procurador não têm parentesco. [ouça o áudio acima]

Segundo o procurador, não há como prever como serão os próximos dias de julgamento, que só são interrompidos para repouso noturno, mesmo aos fins de semana e feriados. [ouça o áudio acima]

Estão no banco dos réus, Marcos Gottlieb, acusado de ser o mandante do crime; Fernando Ranea da Costa, acusado de ter executado Sevilha; e o advogado Moacyr Macêdo, que teria intermediado o contato entre os dois.

O advogado de defesa de Marcos Gottlieb, Zanone Júnior, tem uma banca de 9 advogados para o julgamento. Segundo ele, não existe a certeza de que o empresário tenha participado do crime. [ouça o áudio acima]

O advogado Fabiano Lopes, que defende Fernando Ranea da Costa, diz que a tese é a negativa de autoria. [ouça o áudio acima]

Já o advogado de Moacyr Macêdo, Conrado de Almeida Prado, afirma que não há provas do envolvimento do cliente no crime. [ouça o áudio acima]

O primeiro intervalo do julgamento nesta sexta-feira (7) foi por volta das 10h30 para o início dos depoimentos. Esta é a terceira vez que o julgamento do Caso Sevilha é realizado, nas últimas duas vezes o júri foi dissolvido. Em 2019, a defesa de dois dos três réus abandonou o tribunal; e em 2020, um dos jurados apresentou problemas de saúde e o julgamento foi dissolvido no sexto dia. Cada vez que um júri é desfeito, é necessário recomeçá-lo do início. Portanto, todas as testemunhas que já prestaram depoimento, serão ouvidas novamente.

Há 17 anos, familiares e a categoria dos auditores-fiscais aguardam uma resposta ao crime que chocou Maringá e o país. [ouça o áudio acima]

Diretores do Sindifisco Nacional estão acompanhando o julgamento em Maringá. O diretor de aposentadoria do sindicato, Roberto Kasai, espera que haja Justiça por esse crime emblemático. [ouça o áudio acima]

José Antônio Sevilha era chefe da seção de controle aduaneiro e havia descoberto um esquema de subfaturamento e fraude em uma importadora de brinquedos.

(Texto atualizado às 13h43 para acréscimo de informação)

Respeitamos sua privacidade

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade