Justiça fecha clínica psiquiátrica onde paciente foi morto na região
Imagem Ilustrativa | Foto: Divulgação/MP-PR

Denúncia

Justiça fecha clínica psiquiátrica onde paciente foi morto na região

Paraná por Letícia Tristão em 14/04/2025 - 09:08

Uma liminar determinou a suspensão imediata das atividades de uma clínica psiquiátrica em Floresta. Segundo o Ministério Público, o fechamento da unidade decorreu da denúncia criminal por homicídio com dolo eventual contra a diretora da clínica, onde um interno foi morto por outro em 29 de julho de 2022.

De acordo com a denúncia, o interno que cometeu o crime atuaria como “monitor”, como modo de pagar por sua internação. Entretanto, ele não tinha formação e teria cometido homicídio contra outro paciente, ao aplicar um golpe “mata leão” na vítima.

As informações no processo são de que o paciente que morreu havia tido um surto de agressividade, mas havia sido contido e estava imobilizado, com algemas nas mãos e ataduras nas mãos e pés quando recebeu o golpe que o matou por asfixia.

O causador da morte também foi denunciado por homicídio com dolo eventual, conforme o MP.  A promotoria sustenta que a diretora da clínica se omitiu da obrigação de contratar e manter profissionais especializados na clínica e assumiu o risco, dando assim causa à morte da vítima.

A denúncia diz ainda que a clínica “desempenha atividades para as quais não está legalmente habilitada, em total afronta às normativas aplicáveis as clínicas de recuperação de toxicômanos e tratamento de pacientes psiquiátricos”.

A decisão determinou a imediata suspensão de suas atividades “por prazo indeterminado, dada a existência de indícios sérios e precisos no sentido de que a permanência do funcionamento do estabelecimento poderá abalar a ordem pública, vitimar outras pessoas, prejudicar a colheita de provas e trazer descrédito aos órgãos públicos”.

Pela decisão, a proprietária da clínica fica também proibida de exercer qualquer atividade relacionada aos serviços do estabelecimento.

Ouça o que disse a promotora Vivian Christiane Santos Klock.

A CBN não conseguiu contato com a clínica, o espaço segue aberto para manifestação.

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