Márcia Luiza Tiburi de Morais é professora universitária, artista plástica, filiada ao Partido dos Trabalhadores e autora de livros sobre política, filosofia e literatura, romances. Ela foi convidada para a Flim (Festa Literária de Maringá), ela deve se apresentar no dia 23 de novembro, se nada acontecer até lá.
Aparentemente nada deveria se colocar contra a presença da escritora não fosse seus posicionamentos polêmicos. Um deles de defender a lógica do assalto como uma resposta a exploração e manipulação que, segundo ela, o capitalismo gera. Não podemos esquecer que Tiburi é uma autora de esquerda.
Pessoalmente não concordo com as posturas da professora e suas obras. Sua lógica sobre a economia capitalista nega a própria condição que ela vive como um produto. Por sinal, que ganha prestígio na proporção que aumenta a polêmica em torno do seu nome. Quanto mais se fala dela, mais se estimula a atenção e intenção de conhecer o que ela defende. O proibido instiga em um mundo de redes sociais.
Quantos absurdos são propagados com dinheiro público. Há patrocínios de autores de defesa machista e do extermínio que são financiados por dinheiro público. Este tipo de postura me causa a mesma oposição que Marcia Tiburi. Porém, não posso negar o direito da expressão. Como um liberal tenho que defender o direito dela a expressar suas ideias.
Não me perturba suas ideias, apenas não concordo com elas. Para alguns, infelizmente, isto não é o bastante. Aniquilar o outro é fundamental. Contudo, se querem fazer com que a liberdade e a democracia prevaleçam, não se incomodem com a diversidade de ideias. Se querem reduzir um impacto de uma ideia, não a persigam. Lembre-se de quantos símbolos perseguidos ganharam força por isso. Tanto para o bem como para o mal. Por isso, o melhor caminho é a liberdade.