Casos de furtos de energia elétrica são popularmente conhecidos como ‘gatos’, que é quando são feitas alterações no medidor de energia elétrica, transferindo o consumo de energia para outras unidades, sem o conhecimento da empresa.
Segundo dados divulgados pela Copel (Companhia Paranaense de Energia), no ano passado, somente na região Noroeste do Paraná, foram registrados 2.341 casos de furtos de energia. Em todo o estado, foram identificados 10.970 ‘gatos’.
Com as inspeções realizadas nas unidades irregulares no Paraná, a Copel conseguiu recuperar 57,1 GWh (Gigawatt-hora). Esse total de energia que foi roubada e depois recuperada, equivale ao consumo anual de um município de cerca de 20 mil habitantes, como Cruzeiro do Oeste, por exemplo.
É possível fazer o comparativo equivalente para a região noroeste, segundo a Copel. O total de energia recuperada na região, abasteceria uma cidade de cerca de 5 mil habitantes por um ano.
Os furtos de energia são registrados em locais diversificados, desde terrenos abandonados, residências, empresas e até condomínios de luxo, conforme a Copel.
Para identificar onde pode estar ocorrendo furto de energia, a estatal utiliza softwares que acusam padrões de consumo para direcionar as inspeções onde possivelmente esteja ocorrendo algum tipo de furto de energia ou procedimento irregular.
A gerente de inspeção da Copel, Flavia Martinelli, explica que manipular os equipamentos de energia podem causar danos graves, ferimentos e até incêndio. [ouça no áudio acima]
Além disso, o furto de energia elétrica é considerado crime de estelionato, com pena prevista de um a cinco anos.
Denúncias de irregularidades podem ser feitas pelo 0800 51 00 116 da Copel.