O projeto que autorizava o nome social nas repartições públicas do município foi apresentado pelo vereador Flávio Mantovani.
Ele disse que atendeu o pedido de uma amiga do movimento LGBTQIA+ e não imaginava que a proposta geraria polêmica.
O colega dele Belino Bravin votou a favor. [ouça o áudio acima]
Mas a maioria dos vereadores foi contra.
A OAB divulgou uma nota de repúdio. Movimentos Sociais também se mobilizaram na internet.
Para justificar a decisão do Legislativo, o presidente da Câmara Mário Hossokawa publicou um vídeo explicando que nenhum parlamentar é homofóbico, mas que a lei do nome social não teria efeito prático, porque já existe legislação federal. [ouça o áudio acima]
A justificativa não aplacou a ira dos manifestantes que foram para à frente da Câmara Municipal nesta quinta-feira (15) protestar.
A presidente da Associação Maringaense LGBT, Margot Yung, disse que os vereadores são contraditórios, porque negam um direito para a população trans num momento em que a cidade avança nos direitos civis das minorias. E numa Casa Legislativa em que três vereadores se elegeram com nomes que não estão no RG. [ouça o áudio acima]
O vereador Flávio Mantovani disse que a lei dele não era perda de tempo e de papel porque a legislação federal não abarca servidores municipais. [ouça o áudio acima]
O vereador diz que não provocou a reação dos movimentos sociais e nem da OAB. Não queria polêmica, mas atraiu indignação para Câmara e o resultado pode se refletir no ânimo dos colegas ao votar os projetos dele. Na sessão desta quinta-feira, uma proposta na área ambiental foi duramente criticada. [ouça o áudio dele]
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