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Manoel fez história, o bom foi conhecer a história dele
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 24/11/2020 - 07:45Manoel Mário Pismel, foi uma lenda do setor automotivo. Já esteve à frente da maior rede de concessionárias Ford da América Latina. Presidiu entidades ligadas ao setor no Brasil e no exterior. Tinha formação e abandonou uma história profissional pessoal para abraçar o patrimônio de família. Fez e fez bem feito. Não sobreviveu como empresário as intempéries do tempo. Nem por isso, deixou de ser brilhante. Na Associação Comercial e Empresarial de Maringá esteve a frente por duas gestões (1961-1962/1964-1966).
Porém, conheci Pismel no início dos anos 2000, quando participei do resgate da memória da ACIM com seus presidentes. Tive o privilégio de conhecer muitos dos pioneiros da cidade. Empresários que descreveram Maringá em diversos momentos e aspectos. Pismel foi um deles.
O resgate da memória oral permite conhecer os personagens e compreendê-los por sua ótica humana diante dos fatos. A cada um que se entrevista, vai se construindo um documento vivo cheio de parcialidade. Um olhar sensível ao presente e que se serve do passado para dar apoio a lógica que o sustenta. Com Pismel foi diferente.
Acabamos nos tornando pessoas próximas naquele processo de resgate da memória. Conversamos inúmeras vezes. Ao ponto em que ele se tornou uma fonte de detalhes e me detalhou sua própria jornada. Aí vale mais do que nunca conhecer um ser humano. Na dimensão de sua existência.
Ciente do seu tempo, da cidade onde vivia e das coisas a sua volta. Me fez compreender muito do que se leva da vida e fica conosco como lição. Quando se tem a oportunidade, tive o privilégio de aprender com ele. Estas memórias raras de um ser humano especial.
De tantas definições que ouvi nas conversas que tive com Manoel Mário Pismel, a que me marcou foi, segundo ele, de que damos ouvidos e voz a personagens que consideramos ter valor. Porém, muitos dos verdadeiros valores de um tempo permanecem calados e não são ouvidos. Queria que as pessoas com quem convivi falassem mais de mim do que me darem a voz para relatar somente o que me interessa.
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