CBN Maringá

Na nossa semana falando de Maringá, de sua trajetória do que foi e do que é, não se pode negar o associativismo. Esta cidade viu nascer a união de pessoas na busca de representar setores e enfrentar problemas.

Alguns destes problemas diziam respeito a um segmento econômico ou determinadas regiões da cidade, mas, e aos poucos, envolveu de forma integral todos os interessados em gerar força na medida em que determinados desafios se apresentavam.

Um deles, marcado pelo primeiro prefeito da cidade, no começo dos anos cinquenta, foi a tributação urbana. Este foi o dilema entre Inocente Vila Nova Júnior e a Companhia de Terras Norte do Paraná, fundadora da cidade.

As lutas e contradições da emancipação de Maringá estão relatadas de forma magistral no livro “Terra Crua”, de Jorge Ferreira Duque Estrada. Hoje com uma versão comentada e reeditada com a participação de Reginaldo Dias, colunista da CBN no Assunto é Política.

A cidade, em seus primeiros embates pelo poder, era um desdobramento do mando e do controle, da imposição de vontades daqueles que personificaram o poder. Poderia ter sido também, a continuidade da autoridade da empresa colonizadora. Porém, Maringá rompe com estas possibilidades através do associativismo.

Clubes de serviços, entidades de classe, sindicatos, comunidades religiosas, foi e é nestes lugares que grandes mudanças podem ocorrer e ocorreram. Este deveria ser o exemplo da busca por mudanças, pela melhora, pela superação de problemas.

O associativismo deve ser uma união e não uma aristocracia. Isso faz toda a diferença. Ele deve ser a possiblidade de participação e não a seleção de “escolhidos” em detrimento de outros. Ele deve ser fundado na entrega dos voluntários a um trabalho e não a seleção dos privilegiados.

Por isso, temos que participar e ocupar os espaços dentro de entidades que representam nossos interesses e podem ser um espaço para nossa voz e nosso comportamento.

Assim, Maringá será feita por muitas mãos e não será objeto de interesse de poucos.

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