Engana-se quem pensa que partido político é sempre um grupo coeso, de políticos alinhados no pensamento e nas atitudes e que não existe disputa interna. O MBD, que até pouco tempo atrás era PMDB, é um exemplo. O diretório do partido em Maringá foi destituído no começo do ano pelo diretório estadual. Mas o presidente local, Umberto Crispim, há 25 anos no comando da legenda em Maringá, não aceitou a decisão e entrou na Justiça. A dissolução do antigo diretório teve como argumento o fato de Crispim não ter apoiado para o governo do Estado nas últimas eleições o candidato do partido João Arruda. Ou seja, infidelidade partidária. Crispim se defende e diz que a questão está na Justiça, com decisão para sair em breve.
Enquanto a decisão não sai, a comissão provisória municipal faz um recadastramento de filiados. A convocação publicada em jornal impresso determina prazo até 31 de dezembro para o recadastramento. Depois disso são 180 dias de suspensão da filiação, sem poder participar de atividades e votações internas. Após o fim do prazo de suspensão a filiação é cancelada. A convocação para o recadastramento tem como base uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral, que segundo Crispim trata apenas da biometria de eleitores e nada tem a ver com filiados a partidos políticos.
O atual presidente do MDB, o vice-prefeito Edson Scabora diz que independentemente de qualquer resolução, o recadastramento é necessário e está ocorrendo.
O MDB em Maringá tem de acordo com Scabora mais de 7 mil filiados. Crispim dá um número mais exato: 7 mil 822 filiados. A CBN está em contato com o diretório estadual para comentar o assunto.
A CBN ligou várias vezes para o Diretório Estadual, em Curitiba, mas ninguém atendeu