“Minuto de silêncio” se torna homenagem constante na Câmara Municipal
Foto: Luciana Peña/CBN Maringá

Covid-19

“Minuto de silêncio” se torna homenagem constante na Câmara Municipal

Política por Luciana Peña em 20/04/2021 - 11:25

Antes uma homenagem rara, o minuto de silêncio tem feito parte de todas as sessões recentes em Maringá. A grande maioria dos homenageados são vítimas da Covid-19. Nesta terça-feira (20), o minuto de silêncio lembrou, entre outras vítimas, o jornalista Luiz Fernando Cardoso, especialista na cobertura política.

O jornalista e cronista Luiz Fernando Cardoso costumava sentar de frente para o plenário na Câmara Municipal de Maringá.

De lá observava e captava as informações que iam abastecer as narrativas da cobertura política no blog Café com Jornalista.

Na pandemia, procurou acompanhar os bastidores da Câmara de forma remota.

Apesar de todos os cuidados, em março foi contaminado e ficou mais de um mês internado. Morreu no último domingo (18).

Nesta terça-feira (20), a Câmara prestou uma homenagem ao jornalista com um minuto de silêncio.

O presidente da Câmara, Mário Hossokawa, lamentou a morte de LF, como era chamado pelos amigos. [ouça o áudio]

Antes uma homenagem rara, o minuto de silêncio se tornou uma constante nas sessões da Câmara. E a cada sessão, mais de uma pessoa é lembrada. Cada vereador tem a sua homenagem a fazer, de tantas que são as perdas pela Covid-19. [ouça o áudio acima]

O vereador Flávio Mantovani diz que as homenagens em profusão são um retrato do que o país vive. [ouça o áudio acima]

Colega de cobertura política na Câmara de Maringá, Ligiane Ciola, diz que é dolorido não poder mais trocar ideias com um jornalista tão antenado como Luiz Fernando. [ouça o áudio acima]

Uma das últimas crônicas escritas pelo jornalista Luiz Fernando Cardoso foi uma homenagem ao também jornalista Murilo Gatti, que morreu aos 42 anos em decorrência de um câncer, mas que também estava com a Covid-19.

LF escreveu:

“Quando você se dá conta, já entrou na casa do ‘enta’. E, por alguma razão celestial da qual discordo com veemência e sem vênia, pessoas boas e queridas por todos se vão aos 40, no meio da vida, para serem veladas por pai e mãe.”

Dez dias depois de publicar este texto, Luiz Fernando completou 40 anos. Também discordamos, LF.

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