O Coletivo negro Yalodê-Badá realizou um ato pedindo cotas raciais na UEM. Além do grupo, pessoas ligadas a movimentos sociais, estudantes e professores que apoiam a causa se reuniram em frente à Biblioteca Central da Universidade Estadual de Maringá. Foi na noite desta quinta-feira (16). Havia cartazes e faixas pedindo o maior acesso de alunos negros na instituição. Houve falas e manifestações artísticas.
O fato de o dia 13 de maio ser marcado como a data da abolição também foi lembrado no ato - mas como dia de luta. E também as cotas raciais, uma demanda de muito tempo, disse Amanda Lima, membro do coletivo.
No fim do ano passado, um grupo de oito pessoas foi formado para discutir a implantação do sistema de cotas raciais na Universidade Estadual de Maringá. São sete professores, um deles negro, que representam cada um dos centros que a UEM tem, mais uma estudante.
O grupo foi criado a pedido da Câmara de Graduação, composta pelos coordenadores dos cursos de graduação, que discute temas relativos a essa área na UEM. A relatoria de um projeto costumeiramente é feita por um único relator. Como o sistema de cotas raciais é visto como algo polêmico, a Câmara optou por formar uma comissão para haver um debate mais amplo.
O pedido de cotas raciais foi organizado pelo movimento negro de Maringá – principalmente o Yalodê-Badá, com o apoio de movimentos sociais. A proposta foi feita oficialmente em setembro.
O que se sabe é que já existe uma decisão interna – que não é favorável à adesão ampla das cotas raciais
A CBN procurou o presidente do grupo de relatores nesta semana, mas ele disse que não se manifestaria no momento.
Mesmo após a comissão tomar uma decisão, uma série de trâmites burocráticos deve ser feita.