Na quarta-feira, a CBN trouxe uma reportagem sobre uma decisão do Ministério do Trabalho que está causando polêmica em Paiçandu. A empresa de coleta de lixo contratada pela prefeitura para recolher os resíduos em parte da cidade, não pode mais permitir que os coletores peguem carona no caminhão durante o serviço. Agora os trabalhadores passam o expediente todo correndo atrás do caminhão. E é uma jornada exaustiva. Tem funcionário que já faltou ao trabalho de tanto cansaço.
O prefeito Tarcísio Marques disse em entrevista que um acordo está sendo feito com o Ministério do Trabalho, que vai avaliar o impacto da medida sobre a saúde do trabalhador. E o prefeito diz que só em Paiçandu tem uma situação como esta, no resto do país os coletores seguem de carona no caminhão. Mas parece que não é bem assim. A CBN entrou em contato com o Ministério do Trabalho para saber por que essa decisão e qual a solução então? E a resposta que chegou nessa quinta-feira informa que em outras cidades onde já existe decisão parecida os coletores estão viajando na cabine do motorista, respeitando a capacidade de espaço. Que não é muito, concordam?
O que o Ministério do Trabalho disse foi o seguinte:
“As equipes de fiscalização do trabalho atuam, em todo o país, focadas na preservação da segurança e saúde do trabalhador. Diante disso, ações fiscais envolvendo o sistema de coleta de lixo têm sido realizadas em vários municípios do país, inclusive com casos de interdição. A Fiscalização se faz necessária tendo em vista o risco da atividade, com vários casos de acidentes envolvendo mortes e mutilação dos trabalhadores.
Após o recebimento do Termo de Notificação, a empresa pode apresentar resposta, com comprovação das medidas adotadas, encaminhando os dados à fiscalização, para análise. Em alguns casos, por exemplo, a solução encontrada pelas empresas foi conduzir os coletores dentro da cabine junto ao motorista, considerando o limite de capacidade da cabine.”