Os grupos Maracatu Baque Mulher e Roda de Estudos do Encanto do Pina, de Maringá, realizam um evento neste mês, voltado ao maracatu e à cultura afro-brasileira. É o “Obá Xirê”, que ocorre entre os dias 23 e 25, na Casa de Cultura do Jardim Alvorada. Na programação estão ações como oficinas para homens e mulheres, confraternização e cortejo.
Organizado por mulheres, o foco é principalmente nas mulheres, mas o evento é aberto a qualquer interessado. Entre os nomes convidados estão a mestra Joana Cavalcante, mulher pioneira que atua à frente do Maracatu Nação do Brasil, em Recife (PE) e Iyabá Tenily Guian, coordenadora do Baque Mulher RJ. A inscrição varia entre R$ 10 e R$ 50.
O “Obá Xiré” é uma saudação à Oba, uma divindade feminina, cultuada nas religiões afro. O nome do evento, que ocorre pela segunda vez na cidade, é uma saudação portanto.
O objetivo da ação é fomentar o maracatu de baque virado – expressão cultural afro-brasileira muito forte do Nordeste, que tem toda uma cerimônia típica, e é um retrato do sincretismo religioso no Brasil.
O evento sobre trocar vivências também, explica a coordenadora do Baque Mulher, Laís Fialho.
Além do “Obá Xirê”, Maringá tem sido palco de vários elementos afro-brasileiros: semana de capoeira, seminários sobre mulheres negras. Apesar disso, Laís Fialho explica que há muitos impedimentos para acessar espaços por conta de burocracias e dificuldades estrutural. Um dos motivos é o não reconhecimento dessa forma de cultura como legítima, diz.
O Obá Xiré é m evento aberto a todos os interessados pela cultura afro-brasileira e popular. Não é necessário ter conhecimento prévio de maracatu para participar.
O link para inscrição pode ser acessado aqui.