O reconhecimento do maestro João Carlos Martins é internacional. Considerado pelos críticos como um dos grandes interpretes do compositor alemão Johann Sebastian Bach, o também pianista é uma figura lembrada não só pelo talento mas também pela história de vida. Mesmo com uma doença que provocou a contratura das mãos, ele seguiu na música. Várias cirurgias foram feitas – e ele tocou piano até este ano, com muito esforço. Desde de a década de 2000, Martins vem regendo orquestras do mundo todo.
Mesmo aos 78 anos, o artista segue incansável. Em parceria com algumas fundações, ele comanda o projeto Orquestrando o Brasil. Nesta quarta-feira (01), ele rege 170 músicos em Maringá. É às 20h, no Parque Alfredo Nyeffler, o Buracão. A apresentação é gratuita. Participam a Orquestra Maringaense de Viola Caipira, o Projeto Som da Banda, o Cobra Coral, a Orquestra Solidariedade Sempre de Londrina e Orquestra CDM do Sesc Maringá. A organização é da Prefeitura, por conta das comemorações dos 72 anos da cidade.
Na avaliação de João Carlos Martins, os músicos têm de sair das salas de concerto e se encontrar com a comunidade. E ele aposta na música como missão.
O projeto Orquestrando o Brasil tem mais de 200 orquestras parceiras. O objetivo é realizar o sonho do compositor Heitor Villa-Lobos e fechar país em torno da música, diz o pianista.
Com o passar dos anos, João Carlos Martins diz ter percebido novamente o interesse jovens pela música clássica – algo positivo. Quanto ao Governo Bolsonaro, prefere não emitir opinião no momento em relação à política cultural. Segundo o pianista, é porque ele está se informando agora sobre. Vou defender a cultura até o fim da vida, afirma o maestro.