O desperdício de grãos no mundo, somente quando se fala de arroz, milho, soja, trigo e cevada, é calculado em 458 milhões de toneladas por um estudo realizado no Reino Unido. Isso é três vezes a safra recorde de soja no Brasil, principal produtor mundial da oleaginosa, do ciclo 2022/23.

Pelos mesmos parâmetros, o desperdício no Brasil de tais produtos seria de 37 milhões de toneladas, um problema sério que precisa ser enfrentado, segundo falou em entrevista ao CBN Rural o pesquisador da Embrapa, Décio Luiz Gazzoni, também integrante do Conselho Científico Agro Sustentável.

Quando se fala de hortifrutigranjeiros, as perdas durante toda a cadeia, inclusive quando chegam aos lares e à mesa, são ainda maiores, tudo isso num mundo em que, de acordo com a FAO, 823 milhões de pessoas passam fome.

“Não adianta só falar em aumentar a produção de alimentos”, diz ele, fazendo referência a um estudo que aponta que será preciso ampliar a oferta de comida em 50% até 2050, mas conter o desperdício que ocorre em todas as etapas. Isso é fundamental. Confira a entrevista.

 

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