Maringá tem 120 mil árvores na área urbana e com o corte e poda constantes há uma produção regular de aproximadamente 20 toneladas de madeira por dia.
Os dados estão num estudo do geógrafo e perito judicial ambiental Fabrício Hernandes de Freitas que concluiu este ano uma dissertação de mestrado na Universidade Estadual de Maringá.
O estudo ainda não foi publicado, mas o perito diz que compilou os dados para o mestrado em dois anos de atuação junto a uma empresa terceirizada contratada pela Prefeitura de Maringá para o corte e poda de árvores, nos anos de 2018 e 2019.
A madeira produzida com o corte e poda de árvores é depositada na Pedreira Municipal e em dois ou três anos, exposta às condições de tempo e temperatura, ela pode apodrecer.
É o que acontece com parte do material estocado porque a solução atual é o leilão, mas o processo é demorado.
Na dissertação de mestrado, o geógrafo sugere opções para a madeira, entre elas a queima para a geração de energia elétrica, o que segundo ele teria capacidade de abastecer 2 mil imóveis por mês. O problema é o custo da usina: cerca de 5 milhões de reais. Para compensar, o empreendimento poderia incluir cidades da região. [ouça no áudio acima]
Outra sugestão é triturar a madeira e vender o produto para usinas e indústrias. É o que pode acontecer em breve. O Plano Municipal de Resíduos Sólidos prevê a moenda da madeira e venda, com a intermediação das cooperativas de recicláveis, num chamamento público, instrumento jurídico mais célere.
O professor da UEM Jorge Villalobos, que é um dos integrantes do Plano Municipal de Resíduos Sólidos, diz que em 2021 haverá a revisão do documento e o processo de implantação do sistema de moenda está bem adiantado. [ouça no áudio acima]
A tonelada de madeira pode ser vendida de 30 a 120 reais dependendo do período do ano e da demanda.