ONGs tentam uma solução para animais que vivem em lixão

O Brasil ainda tem muitas cidades com lixões a céu aberto. Um risco ao meio ambiente e também à saúde pública. Os lixões estão proibidos por lei. A prefeitura de Faxinal, no norte do Paraná, foi multada em seis milhões de reais por descumprir a legislação ambiental. A multa foi aplicada a pedido do Ministério Público, que em 2011 fiscalizou o lixão e encontrou indícios até de queima dos resíduos. A  prefeitura diz que de lá para cá o lixão ganhou uma cobertura de terra e agora é um aterro controlado. Mas a justificativa da prefeitura para a demora de uma solução definitiva é curiosa: lá no lixão vive uma catadora de recicláveis que cuida de pelo menos 50 cães. E por isso o IAP, Instituto Ambiental do Paraná, não libera o licenciamento de um aterro sanitário na área municipal. Jessica Foleis integrante de uma ONG de protetores de animais, disse que a catadora de recicláveis, que se  chama Chica, é uma figura folclórica em Faxinal. Como as pessoas sabiam que ela morava no lixão e gostava de animais passaram a abandonar filhotes, que ela foi cuidando ao longo dos anos.

Chica se recusa a sair do lixão enquanto a Prefeitura não oferecer um local para os cães, que ela não abandona de jeito nenhum. A Chica e os cães ficam bravos quando alguém tenta simplesmente expulsar os animais do lixão, que é cercado e tem porteira.

Esta semana a Justiça cobrou o pagamento da multa de seis milhões de reais. A Prefeitura de Faxinal disse que vai recorrer.