Quer fazer contato com Gilson Aguiar, encaminhar uma sugestão? Envie uma mensagem para o WhatsApp da CBN Maringá. O número é (44) 99877 9550
Opinião
Os riscos de Maringá virar um "condomínio fechado"
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 08/05/2023 - 23:21Esta semana é de se falar de Maringá. Hoje, dia 8 de maio, se antecipou o aniversário da cidade. Se adequou a data oficial, dia 10, para podermos viver de forma intensa o que a cidade representa nestes 76 anos.
A cidade é jovem, ainda há muitos que estão vivos quando ela não nasceu. Mas, não é isso que faz de uma cidade jovem. Ela está distante ainda dos processos formadores históricos que marcaram a vida do país de forma decisiva.
As grandes mudanças nacionais não passaram pelas veias da cidade e lhe reformularam a existência. Maringá nasceu da planta baixa. Se ficou alta, foi pela prosperidade das condições que a geraram sem rupturas drásticas.
São poucas cidades que tiveram um crescimento populacional vertiginoso e sustentável em um espaço de tempo tão curto. Há que se dar méritos aos que souberam fazer de Maringá uma exceção.
Ela é uma das melhores cidades para se empreender e a melhor para se viver. Mas isso não é para qualquer um e muito menos para quem quiser.
Não se pode separar de Maringá os efeitos que faz em seu em torno. Sarandi, Paiçandu, Mandaguaçu e Marialva estão entre as cidades que mais cresceram no Paraná, segundo prévia do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Sarandi recebeu em 12 anos, mais de 43 mil habitantes, Marialva recebeu 15.056, Paiçandu 14.058 e Mandaguaçu 11.760. Crescimento acima da média do Estado e Nacional. Elas cresceram por causa de Maringá.
O sonho de viver em um bom lugar é substituído por trabalhar nele. Há um movimento diário de milhares de pessoas que vem e voltam para Maringá. Dois fatores impulsionam esta população, trabalhar ou estudar.
Maringá não é uma ilha, a cidade não é um condomínio fechado, por mais que alguns gostariam que fosse e se esforçam para isso.
Maringá precisa gerar um planejamento metropolitano, considerar as condições de vida da população das cidades conurbadas com uma prioridade também sua. E estender a qualidade de vida que tanto se orgulha para outros lugares.
A cidade tem muito a comemorar, mas ela não é só um paraíso, ela tem uma dívida com uma região a qual ela é o centro dos benefícios, ganha muito com isso. Ela é, também, a esperança dos que se empilham ao seu redor.
Notícias da mesma editoria
Opinião
Opinião
Opinião
Respeitamos sua privacidade
Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade