Defensoria Pública
Para garantir atendimento, fila começa de madrugada
Cidade por Luciana Peña em 23/01/2020 - 12:05
Toda quinta-feira tem fila em frente à Defensoria Pública de Maringá. É o dia em que são distribuídas senhas para o atendimento de demandas na área da família, como casos de pensão alimentícia e guarda de filhos.
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Com medo de que não conseguir atendimento, as pessoas chegam cedo. A fila em frente à Defensoria Pública de Maringá começa de madrugada. Os primeiros chegam às 3h. E nesta quinta-feira, mesmo com o dia chuvoso, a Cristiane Galdino foi para a fila com a filha de colo.
É na quinta-feira que a Defensoria Pública distribui as senhas para o atendimento às pessoas que precisam de ajuda em casos da área da Família, como divórcio, reconhecimento de paternidade, inventário, guarda de filhos, entre outros. São distribuídas 16 senhas. E geralmente no mínimo 20 pessoas procuram a Defensoria a cada quinta-feira. O atendimento ao público é das 12h às 17h. Muita gente leva banquinho para esperar sentada e às vezes fica o tempo todo sem comer. A Madalena Alves procurou atendimento pela primeira vez e ficou indignada com a possibilidade de não ser atendida já que por lei os primeiros são os atendimentos prioritários.
Quem vem de Paiçandu entra mais tarde na fila, porque lá o primeiro ônibus para Maringá sai às 5h. A Andressa Pires é de lá.
De acordo com informações da Defensoria em Maringá, o problema é a falta de equipes para atender o grande volume de demanda. Maringá tem apenas dois defensores da área da família. Juntos eles acumulam quase 1100 processos ativos. Tem direito ao defensor público o cidadão sem condições de pagar um advogado. Um dos critérios é renda familiar de no máximo 3 salários mínimos.
O Paraná é o estado com o menor número de defensores públicos em relação à população. A CBN está tentando contato com a administração da Defensoria Pública para comentar o assunto.