Tenho acompanhado os casos de Dengue no Paraná. Há uma participação significativa da água acumulada nos quintais como fator de propagação do mosquito e alto índice de infestação em algumas cidades.
Da mesma forma o trânsito em várias cidades paranaenses, ele acumula vítimas. Nas rodovias a lógica do acidente tem, na maioria das vezes, um motorista ou motociclista imprudente. Lá está, mais uma vez um ser humano irresponsável provocando um estrago na vida de outro ou outros.
No cotidiano, a regra não muda. Cada um tem em si o poder de alterar a sua e a vida de quem está a sua volta. De pessoas conhecidas a desconhecidas, o poder de cada um é vital ou fatal. Não pode ser desprezado. Deve ser administrado com responsabilidade. O que, quando não acontece, os efeitos estatísticos são preocupantes. As somas das ações particulares se transformam em um movimento coletivo de grandes proporções que altera as relações sociais.
O poder que temos é imenso e intenso. Na proporção do estrago aos outros está a capacidade de resolvermos parte considerável de nossos problemas. O nosso principal inimigo não está fora de nós, mas dentro. Somos nós mesmos o elemento mais difícil de promover nosso bem-estar. Arrastamos traumas, carregamos peso extra de experiências negativas que tomamos como regra. Uma experiência que foi uma exceção em nossa vida se transforma em regra. Pronto, estamos condenados. Por quem? Por nós mesmos.
Podemos mudar, ser melhor. Contribuir para que os outros superem seus problemas na proporção que nós também superamos os nossos. Como considerava Sócrates, o filósofo grego, temos que nos conhecer. Nada será compreendido se não compreendermos a nós mesmos. Por isso, a mudança não é fruto das ideias de massa, mas da capacidade de cada um compreender o seu papel na totalidade que representamos, sem esquecer jamais, que se está condenado a si mesmo. Para o bem ou o mal.