As vezes esperamos grandes atitudes para gerar mudanças, mas o que nos faz mudar são os pequenos gestos. Atos que não se fazem sentir ou contam das grandes teorias, mas que permitem uma reflexão profunda sobre os atos mudam o significado das coisas.
Na internet dois vídeos chamaram minha atenção. Uma professora que recebia os alunos na porta da sala de aula, no início do dia. Na parede, os alunos escolhiam a forma como queriam ser cumprimentados. Abraço, dança, bater as mãos.... Afinal, nem todo mundo gosta ou está disposto a ser tratado da mesma forma.
Neste mundo em que somos considerados apenas mais um, podemos dar a cada um de nós uma mensagem na hora de nos comunicarmos. Viver sendo um ser que existe e merecer respeito. Em um cumprimento, como gesto de carinho e atenção isto pode acontecer. No mundo da massificação, muitos não gostariam de ser tratado como uma massa. Não são.
Outro vídeo que me chamou atenção foi de uma atividade com pares de meninos e meninas. Um monte de bolas azul e rosa estão jogadas no chão e as crianças devem recolhe-las separando-as em dois frascos diferentes. Fazendo o trabalho juntos, menino e menina recebem uma recompensa no final. Um copo com doces. Com tudo, o frasco dos meninos bem mais cheio que o das meninas.
As crianças estranham a diferença do conteúdo desigual. A instrutora fala, porque você é menino vai ganhar mais, porque você é menina vai ganhar menos.
A frase causa um sentimento de contrariedade entre as crianças. Alguns meninos começam a dividir o conteúdo do seu copo com a menina que recolheu com ele as bolas. Outros questionam que se fizeram o mesmo trabalho, por que um tem que receber mais que o outro?
Duas lições das quais nós demoramos a entender, muitas vezes passamos uma vida inteira sem este aprendizado. Ele nos falta e pode contribuir muito para que a sociedade seja melhor. São dois gestos pequenos, educam, e marcam para uma vida inteira. Estas são as verdadeiras ações de mudança.