Nós sabemos o mal que o cigarro faz. Por isso, bituca de cigarro é lixo. E o ser humano está lotando o planeta de lixo. Quem tem um pingo de consciência se comove com a imagem de uma ave alimentando o filhote com bituca de cigarro. A foto foi feita na Flórida, nos Estados Unidos, e correu o mundo esta semana. Se um leigo imagina que a bituca vai fazer mal para o filhote, um acadêmico de química, como o Rogério Maniezzo, tem certeza.
Mas quem sabe num futuro próximo as bitucas de cigarro vão desaparecer, ou melhor, se transformar em hidrocarvão. Pelo menos se depender do Rogério. Ele é acadêmico da Universidade Estadual de Maringá e desenvolveu uma pesquisa de reaproveitamento de bitucas de cigarro. O orientador dele, o professor de química da UEM Andrelson Rinaldi, diz o que o hidrocarvão tem apelo comercial. Serve por exemplo para purificar a água das lavanderias e a um custo bem baixo.
Pode ser o fim das bitucas e o começo de uma produção promissora de hidrocarvão.
A pesquisa foi publicada numa revista especializada na área de química e premiada na Reunião da Sociedade Brasileira de Química. E os pesquisadores entraram com um pedido de patente.