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Os índios da aldeia kaingang de Manuel Ribas passam temporadas em Campo Mourão para vender artesanato.
As famílias ficam abrigadas numa praça, perto da rodoviária, sem qualquer estrutura nem condições de higiene.
Em 2018, foi criado o Grupo de Trabalho Interinstitucional. Esse grupo é formado por representantes da Secretaria de Assistência Social, da Funai, do Ministério Público, da Câmara de Vereadores e de conselhos municipais.
O objetivo do grupo é encontrar um local adequado para a instalação do “Terreno de Passagem” para os indígenas.
Em maio, o Grupo anunciou que teria encontrado o local adequado, próximo a uma área de preservação ambiental, em que os indígenas se sentiriam mais próximos da natureza.
O espaço escolhido fica no Jardim Araucária. Mas a vizinhança não gostou. Os moradores do bairro e das proximidades fizeram um abaixo-assinado.
O Conselho de Igualdade Racial de Campo Mourão divulgou esta semana uma nota de repúdio ao abaixo-assinado. Segundo o Conselho, os moradores estão sendo preconceituosos e podendo incorrer em crime de injúria racial porque no abaixo-assinado alegam que a presença dos índios provoca desvalorização imobiliária e traz insegurança.
Segundo a secretária de Assistência Social, Márcia Calderan, não é possível aceitar esse tipo de manifestação por parte dos moradores. [ouça o áudio acima]
De qualquer forma, o terreno de passagem já tem novo endereço, aprovado pela comunidade indígena e pelo Ministério Público do Meio Ambiente. [ouça o áudio acima]
A CBN não conseguiu contato com o Conselho de Igualdade Racial. A reportagem conversou com um morador, que não gravou entrevista, mas disse haver ‘exagero’ de todas as partes.
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