Polícia recebe laudo de caso de homem acusado de matar esposa policial em Maringá
Daniele Carolina Marinelo, de 36 anos, morreu com um tiro na cabeça | Foto: Reprodução

Daniele Marinelo

Polícia recebe laudo de caso de homem acusado de matar esposa policial em Maringá

Segurança por Jota Júnior/GMC Online em 20/10/2023 - 21:35

A Polícia Civil de Maringá recebeu o resultado do laudo residuográfico solicitado ao Instituto de Criminalista do Paraná do caso da morte da policial militar Daniele Carolina Marinelo. O exame constatou a presença de substâncias nas mãos da policial e do marido, que segue preso por feminicidio. Porém, o laudo foi inconclusivo na indicação de quem fez o disparo. 

“É possível que tenham ocorrido contaminações externas, além de haver perda de elementos por meio da lavagens das mãos, ou ainda por fatores como o tempo decorrido entre a realização do disparo e a coleta”, diz trecho do laudo, que foi realizado em Curitiba.

O exame foi feito para analisar se havia presença de resíduos de pólvora ou outro elemento que indicasse quem efetuou o disparo que matou a policial.

O caso

Daniele foi atingida na cabeça por um tiro da própria arma durante uma discussão com o marido na casa dela, no dia 1º de setembro deste ano, na Vila Morangueira, em Maringá. Ela morreu no hospital.

O marido da PM, Kenny Aysley Martins, foi preso por feminicidio após prestar depoimento. Ele negou o crime, dizendo que a PM tinha cometido suicídio. A polícia concluiu o inquérito mantendo o marido como suspeito.

Além das contradições apontadas pela investigação comparadas à versão de Keny, uma perícia no ambiente onde ocorreu o disparo indicou que Daniele foi ferida enquanto estava deitada, em uma cama de solteiro. O tiro foi do lado direito da cabeça, perto da nuca. Ela estava em uma posição incompatível para realizar o disparo e se ferir, conforme a perícia.

Daniele e Keny estavam casados há cerca de 30 dias. Para a Polícia, o homem tinha interesse de se apossar economicamente do que pertencia a Daniele.

O Ministério Público representou por feminicidio e o caso foi aceito pela Justiça, tornando Keny Martins réu no processo. Estão ocorrendo audiências de instruções antes de ser marcado o julgamento.

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