Os pesquisadores do Observatório das Metrópoles encontraram este ano 450 pessoas em situação de rua em Maringá. O número é 27% maior do que o registrado em 2018 e o dobro do número de moradores de rua identificados em 2015, ano em que começou a pesquisa. Neste período ficou consolidado o perfil dos moradores de rua. Quem vive nas ruas de Maringá geralmente é homem, negro e de baixa escolaridade diz a professora da UEM e coordenadora do Observatório das Metrópoles, Ana Lúcia Rodrigues.
A pesquisa também revelou que um terço dos moradores de rua é de Maringá e região. Muitos vêm aqui de perto: Londrina.
Um dado que chama a atenção e deve servir de alerta para o Poder Público é que muitos moradores de rua estão nesta condição há menos de um ano, ou seja, não criaram vínculo com a rua e desejam muito retornar ao mercado de trabalho. Mas precisam das condições, oportunidades que dependem do Estado.
A pesquisa completa foi apresentada em audiência pública nessa segunda-feira com a participação da comunidade, de secretários municipais e representantes das instituições e entidades voltadas a este público.