Por conta do atraso de um novo edital para a compra de vagas em escolas privadas, o ano letivo para algumas crianças em Maringá só vai começar em março. É que, pelo novo chamamento, publicado nesta quarta-feira, os envelopes das empresas interessadas só devem ser abertos no dia 05 de fevereiro. Aí, após isso, os documentos devem analisados em até 15 dias, com a possibilidade de prorrogação por igual período. Passado esse momento, a escola interessadas receberá visita técnica E isso deve levar até 45 dias – o que deve dar até o meio de março. Esse período também é prorrogável pela mesma quantidade de dias.
Na rede municipal, as aulas começam no dia 07 de fevereiro.
A prefeitura pretende pagar R$ 30,906 milhões pelos serviços – para que sejam atendidas duas mil crianças de 0 a 3 anos e 11 meses. Atualmente, a fila conta com cinco mil e 500.
Por criança a prefeitura pretende pagar R$ 1257,79 centavos – R$ 2 milhões 575 por mês – o ou seja, quase R$ 31 milhões por ano.
No edital publicado no ano passado, a previsão era de mil reais por criança – o que dava R$ 22 milhões por ano. Esse chamamento foi revogado após vários questionamentos. E aí, desde o fim do ano passado, havia a expectativa da publicação desse novo edital, que atrasou.
A mudança aconteceu porque a Prefeitura antes se utilizava dos gastos que ela tem; não da iniciativa privada, que não compra itens de merenda por licitação, por exemplo. Além disso, o novo edital prevê colônia de férias, explica a secretária municipal de educação, Valkíria Trindade.
Apesar de não estar no edital, a secretária informou que serão levados em conta os dados relativos à hipossuficiência da criança. Ou seja: o grau de carência dela: se a família está cadastrada em algum programa social ou não. Nesse caso, 1957 crianças se encaixam no quesito.
A questão de vagas em creche se arrasta há anos. Em 2018, a Justiça determinou que a Prefeitura de Maringá deve zerar a fila.
Segundo a Seduc, nos últimos dois anos quase 10 mil crianças que aguardavam vagas.
Maringá tem mais de 80 salas desocupadas em centros municipais e em creches. De acordo com a secretaria, por conta de novas contratações parte deve ser ocupada. É que faltam servidores, mesmo com a convocação de quem foi aprovado no concurso do ano passado.
Por isso um novo concurso deve ser feito neste ano.