A operação Zephyros da Polícia Federal de Maringá foi desencadeada nesta terça-feira (1º), Os policiais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em Umuarama (5), Ivaté (3), Icaraíma (2), Nova Olímpia (2), Maringá (1) e Foz do Iguaçu (1) e três de prisão preventiva em Umuarama.(1), Ivaté (1) e Nova Olímpia (1).
A investigação apurou a ação de três organizações criminosas que agiam de forma autônoma, mas compartilhavam informações e equipamentos, com base nas cidades de Ivaté e Umuarama.
Os criminosos traziam cigarros e agrotóxicos do Paraguai. O destino da carga eram cidades da região metropolitana de Curitiba e de outros estados.
O transporte era feito por rios e estradas.
Com o dinheiro, o grupo comprava propriedades rurais e gado, que foram bloqueados por ordem judicial.
Foi um ano de investigação, período em que foram apreendidas 1.200 caixas de cigarros contrabandeados, 900 quilos de agrotóxicos de origem estrangeira e de 3.529 quilos de maconha. A droga foi apreendida num porto clandestino utilizado pela organização criminosa.
O delegado chefe da Polícia Federal de Maringá, Luiz César Busto, diz que esta investigação é uma das que foram realizadas este ano com o objetivo de atacar a estrutura financeira de organizações criminosas.[ouça o áudio acima]
A investigação vai continuar para apurar ramificações, os traficantes da droga apreendida e a origem de armas que também foram apreendidas. Os presos nesta terça-feira são os que comandavam as organizações criminosas.[ouça o áudio acima]
O delegado Fabiano Zanin diz que há relação de parentesco entre as organizações criminosas. [ouça o áudio acima]
A CBN apurou que um dos presos na operação é o prefeito eleito de Ivaté Denilson Vaglieri Prevital, do MDB. Nós entramos em contato na Câmara Municipal, já que o vice-prefeito eleito é vereador, com o advogado do partido e ligamos para o celular do prefeito eleito. Mas não conseguimos falar com ninguém e nem o contato do advogado de Denilson Prevital.
Atualizado às 16h40 - O vice-prefeito eleito e o presidente local do MDB disseram não ter conhecimento do fato
Atualizado às 8h50 de 03.12.20- A CBN conseguiu falar com o advogado que defende o prefeito eleito de Ivaté e ele explicou que ainda está lendo os autos do processo para entender exatamente a acusação. Segundo o advogado, considerando os relatórios confeccionados em um ano de investigação e anexados ao processo, são mais de 20 mil páginas para análise. Só depois ele poderá dar entrevista.