A Prefeitura de Maringá voltou atrás em relação à suspensão dos ônibus aos fins de semana. Em novo decreto, publicado na tarde desta quarta-feira (08), o poder público autorizou a volta do serviço de transporte público aos sábados e domingos para os trabalhadores ou emergências. Apesar disso, o decreto não informa como será feita a fiscalização, e também autoriza o delivery aos domingos até as 13h para padarias, peixarias e similares.
Na segunda-feira (06), a Prefeitura editou um decreto suspendendo os ônibus por duas semanas, aos finais de semana. Segundo o poder público, a medida era para reduzir o contágio do novo coronavírus na cidade. A decisão foi muito criticada por maringaenses, principalmente porque o funcionamento dos serviços essenciais, como na área da saúde, continuaria.
O transporte metropolitano não foi suspenso em momento algum, e isso poderia trazer mais problemas, já que pessoas que trabalham fora de Maringá podem precisar de ônibus para se deslocar dentro da cidade.
Após a publicação da nova medida, na segunda, a CBN recebeu uma série de perguntas sobre o decreto. As questões giraram em torno do seguinte: mas e os trabalhadores de serviços essenciais, como saúde, como ficam?
Dados da Secretaria de Mobilidade Urbana informam que por dia, em média, 30 mil pessoas têm usado o transporte coletivo neste período de pandemia. Aos finais de semana, o número fica em torno de 10 mil.
Desde o início da pandemia, a TCCC reduziu a frota em torno de 60% do que rodava diariamente. Agora, são 150 ônibus. Em razão disso, houve alteração de horários. Em um primeiro momento, a empresa acionou a Justiça para que a Prefeitura de Maringá ajudasse financeiramente, já que tem havido prejuízos. A direção, agora, disse à CBN que tem havido conversas com o Executivo, mas nada concreto.
Há cerca de 20 dias, um decreto da Prefeitura determinou que os ônibus da TCCC só transportem passageiros sentados; se houver alguém de pé, pode haver multa. Até o momento, o Executivo não notificou a empresa por descumprir essa medida.
A CBN apurou que tem havido a tolerância de uma ou duas pessoas de pé nos ônibus, já que, como tem havido menos linhas devido à pandemia, se o usuário não pegar o ônibus em determinado horário, deverá esperar mais do que o normal para conseguir entrar em outro.
Até a tarde desta quarta, Maringá já tinha registrado 20 mortes em razão do novo coronavírus e quase dois mil casos confirmados da doença.
A CBN questionou a assessoria de imprensas da Prefeitura de Maringá sobre como será feita a fiscalização de quem é ou não trabalhador. Até o fechamento da reportagem, ainda não havia obtido resposta.