Para coibir abusos, fiscais da Secretaria de Meio Ambiente e da Sanepar deram início nesta sexta-feira à Operação Ipojuca. 384 empresas da região do Mandacaru serão fiscalizadas. Entre elas, três que estão irregulares. Uma borracharia que virou lava-jato, uma fábrica de tinta que não tem alvará e uma mecânica de caminhão, sem licença ambiental desde agosto.
Ipojuca significa em tupi água escura. Este ano a prefeitura recebeu várias denúncias de poluição no Ribeirão Mandacaru. Nove denúncias se transformaram em autos de infração gerando cinco milhões e 29 mil reais em multas. Um volume bem superior ao do ano passado em que 13 infrações foram punidas em 64 mil reais, diz o secretário de Meio Ambiente, Marco Antônio Lopes Azevedo.
No caminho dos fiscais estarão oficinas, postos de combustíveis, açougues, bares, restaurantes, lavanderias, autofossas, entre outras empresas que lançam gordura, resíduos poluentes de um modo geral. A Sanepar acompanha a Operação porque no dia a dia da fiscalização preventiva, os agentes da Sanepar identificam os lançamentos irregulares que podem poluir os córregos e alertam a prefeitura. Segundo o gerente regional da Sanepar, Vitor Gorzoni, empresas com potencial poluidor precisam instalar um sistema de pré-tratamento. Só assim conseguem autorização para lançar o resíduo na rede de esgoto.
A Sanepar realizou 25 mil vistorias no ano passado e encontrou 16 mil irregularidades. Deste total, 25% eram estabelecimentos comerciais ou industriais.
Atualizado às 15h15- Neste primeiro dia de operação foram doi embargos e um interdição de empresa por infração ambiental