Promotores acionam Justiça e pedem explicação a deputado estadual
Foto: Arquivo/Alep

Esclarecimento

Promotores acionam Justiça e pedem explicação a deputado estadual

Política por Victor Simião em 30/12/2020 - 17:04

Os promotores de Justiça de Maringá Leonardo Vilhena e Pedro Ivo querem que o deputado Homero Marchese (PROS) informe o que quis dizer quando afirmou o seguinte nas redes sociais: ““Vamos chamar bastante atenção, parabenizar um dos grandes vencedores dessa eleição, que foram os Promotores do Patrimônio Público de Maringá. Vocês conseguiram pela incompetência dos últimos quatro anos ajudar a reeleição do atual
prefeito e saibam que eu vou tomar providência em relação a isso”. A afirmação foi feita no dia 15 de novembro, após Marchese agradecer os votos que recebeu na disputa pela Prefeitura de Maringá. Ele ficou na segunda colocação.

O 1º Juizado Especial Criminal de Maringá aceitou o pedido no dia 15 de dezembro. Agora, Marchese tem de explicar à Justiça o que quis dizer com a afirmação. Em resumo, o caso pode ser arquivado ou depois virar inquérito. Os promotores de Justiça que entraram com a ação atuam em investigações de contas públicas, por exemplo. Procurado, o deputado estadual Homero Marchese, que ficou em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de Maringá em 2020, respondeu por meio de nota. “Refuto qualquer tentativa de intimidação ao meu trabalho de deputado estadual, para o qual tenho proteção constitucional. Tenho respeito e amigos no Ministério Público, mas não se trata, nem se pode tratar, de um órgão infenso à crítica. Avalio como muito ruim o trabalho desenvolvido pela Promotoria do Patrimônio Público em Maringá nos últimos 4 anos, especialmente se comparado ao de Promotorias semelhantes de outras cidades grandes do Estado, e vou tomar providências em relação a isso, como deputado. Para isso não precisava de um pedido de explicações, bastava um telefonema. Tenho ciência de vários inquéritos que ainda seguem abertos depois de muitos anos. Enquanto isso, Maringá foi defendida por cidadãos que moveram denúncias ao Tribunal de Contas e ações populares na Justiça, com várias decisões protegendo o patrimônio público.”

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