Liderança em ascensão no PT paranaense desde a década anterior, Gleisi Hoffman havia sido candidata ao senado em 2006 e a prefeita de Curitiba em 2008. Eleita ao senado em 2010, Gleisi Hoffman havia assumido, no primeiro ano do mandato da presidente Dilma Roussef, o prestigiado ministério da Casa Civil, o que ampliou sua visibilidade e a sua influência política. No entanto, ela finalizou o primeiro turno com 14,87%, chegando em terceiro lugar.
Era a quinta vez que Roberto Requião disputava o cargo de governador, tendo sido bem-sucedido em três das outras quatro tentativas, eleito em 1990 e em 2002 e reeleito em 2006. Em 2010, quando concluiu seu terceiro mandato, governara o Paraná por 12 dos últimos 20 anos. Desde 2011, representava o Paraná no senado federal. Em 2014, Requião largou bem, mantendo posição de relativo equilíbrio, mas perdeu impulso na fase final.
Em pesquisa de pós-graduação sobre a trajetória política de Requião, a socióloga Daiane Laibida acentua que ele sofreu o desgaste da divisão do PMDB naquele certame. Para garantir a candidatura própria do PMDB, Requião teve de enfrentar uma forte ala que defendia apoio ao governador Beto Richa. Por maioria de 319 votos a 250, os convencionais aprovaram a candidatura própria, assumida por Requião, mas a divisão desgastou antes, durante e depois da convenção. Requião finalizou o certame de 2014 com 27,56%, chegando em segundo lugar.
Compondo uma ampla coligação, da qual participavam 17 partidos, o governador Beto Richa incidia, além disso, nas fileiras partidárias de seu principal adversário. Liderando a corrida eleitoral desde o início, Beto Richa ampliou a vantagem no final de setembro e caminhou para a vitória já no primeiro turno. Obtendo cerca de 300 mil votos a mais do que obtivera quatro anos atrás, Beto Richa foi reeleito com 55,6%.
Desde a aprovação do instituto da reeleição, todos os governadores paranaenses que se candidataram a mais um mandato tiveram êxito.
No certame ao Senado, Álvaro Dias foi reconduzido com 77% dos votos.