Amora chegou ao parque em 2020, o administrador do Parque do Japão, Luiz Uema, explicou que a cachorrinha foi adotada com uma missão especial: espantar as lontras que, à noite, invadiam o parque para devorar dezenas de carpas dos lagos. Segundo ele, os ataques causavam um grande prejuízo e eram uma verdadeira “dor de cabeça”, pois as carpas precisavam ser constantemente repostas. [Ouça o áudio]
Luiz não sabe precisar quantas carpas foram devoradas pelas lontras no parque, mas afirma que foram centenas, já que os ataques ocorriam todas as noites, durante dois anos. Ele ainda falou sobre a dificuldade de repor esse tipo de peixe. De acordo com ele, após a chegada da mascote, as lontras nunca mais apareceram. [Ouça o áudio]
A atuação precisa de Amora e seu jeito carinhoso cativou os funcionários do parque que cuidam da cachorrinha com muito amor. [Ouça o áudio]
O biólogo e diretor de Biodiversidade do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), Matheus Buzo, explica que os rios e os corpos hídricos são o local de vida das lontras. De um modo geral, elas viviam aqui antes da urbanização. Com o crescimento da cidade, acabou sendo restringindo o espaço delas, mas elas ainda existem, são animais que continuam vivendo nos corpos hídricos. [Ouça o áudio]
Para Matheus, as lontras ainda estão próximas ao Parque do Japão, mas podem ter diminuído sua presença por causa da cachorrinha que circula por lá.