A pandemia ainda não tinha completado um ano e o mundo já contava com uma vacina contra o coronavírus.
A vacinação no ocidente havia começado no Reino Unido, em dezembro de 2020, e aqui no Brasil a primeira brasileira foi vacinada em São Paulo, em 17 de janeiro de 2021.
Maringá, como muitas cidades do país, aplicou a primeira dose em 19 de janeiro.
E uma técnica de enfermagem, que trabalhava na linha de frente do combate à Covid-19 e que tinha perdido o pai para a doença, foi escolhida para simbolizar o momento de virada: Ana Paula de Oliveira Machado.[ouça o áudio acima]
Mas as doses da vacina não chegavam no mesmo ritmo em que a doença avançava. E em março de 2021, quando a pandemia completava um ano, o Brasil vivia a segunda onda de Covid-19.
Uma onda muito mais forte do que a primeira. Muita gente adoeceu, muita gente morreu. A vacina, primeiro aplicada aos idosos em instituições de longa permanência e profissionais da saúde na linha de frente de combate à doença, ainda demoraria a chegar até a população geral.
Era uma corrida contra o tempo.
E nesta corrida, o chefe de gabinete da Prefeitura de Maringá, Domingos Trevizan, que estava ao lado da técnica de enfermagem Ana Paula, no dia em que as vacinas começaram a ser aplicadas, foi contaminado.
Começava a luta pela vida numa UTI cada vez mais lotada. [ouça o áudio acima]
A vacinação avançou. Crianças de 5 a 11 anos já estão sendo imunizadas. As pessoas estão recebendo a 3ª… a 4ª dose do imunizante.
Depois de uma terceira onda de contaminação, com a variante Ômicron, a pandemia parece perder força.
A vacina demonstrou o poder de proteger a população de casos graves e mortes, reduzindo o risco de colapso do sistema de saúde.
Apesar dos protestos de grupos antivacinas e da polêmica sobre o passaporte sanitário, não há dúvidas de que a vacinação, e a ciência por consequência, evitaram mais perdas de vidas humanas, diz o infectologista Luiz Jorge Moreira Neto. [ouça o áudio acima]
No próximo episódio da série sobre o 2º ano da pandemia vamos falar sobre a segunda onda de Covid-19 e o caos nos hospitais.
Quer enviar sugestão, comentário, foto ou vídeo para a CBN Maringá? Faça contato pelo WhatsApp (44) 99877 9550